domingo, 22 de junho de 2008

Para Edson Foreman.




Muitas coisas para contar.


Lembro bem quando meus pais iam de carro a São Paulo para assistirem as lutas de Éder Jofre.


Os dois voltavam para casa felizes pela vitória do Éder que, à época, para mim, não significava muita coisa pois era pequena e não entendia direito o porquê daquelas viagens malucas.


Pior ainda era quando comentavam “ peso-pesado, meio-médio, meio-pesado” . Minha cabecinha de criança pensava que peso era aquele que aparecia na balança do pediatra.


Um dia ouvi meu pai falar no tal de “ super-galo” . Na casa dos meus avós tinha um galinheiro e, como criança imediatamente pensei que meu avô tinha comprado um galo novo. Jamais pensaria que era uma das categorias de peso do boxe profissional.


Só a título de curiosidade: Boxe é uma
arte marcial que usa apenas os punhos tanto para defesa como para o ataque.


O tempo passou, cresci, e aos poucos fui pesquisar e entender um pouco mais ( bem pouco por sinal ) daquelas coisas complicadas que ouvia quando criança.


Rocky Marciano, Muhammad Ali, Mike Tyson, George Foreman e Evander Holyfield todos na categoria de “ peso-pesado” .


Explico: “ peso-pesado” é aquele que na categoria de peso do boxe profissional pesa 91.4 + kg.


Lembram desse fato ? Em 28 de junho de 1997 Tyson e Holyfield se enfrentaram e até chamaram de combate do século. Porém o inesperado: 40 segundos do final do terceiro round Tyson mordeu a orelha de Holyfield o que levou a interrupção do tal “ combate do século” . Reatado o duelo, Tyson voltou a morder a orelha do oponente e acabou por ser desclassificado, ele afirmou que só fez aquilo em resposta a repetidas cabeçadas que vinha recebendo de Holyfield (no primeiro confronto entre os dois Mike também havia reclamado sobre as cabeçadas de Holyfield), gerando uma luta no ringue entre as equipes de apoio dos dois pugilistas. Tyson perdeu o combate e foi banido por um ano da competição.


Éder Jofre era “ peso-galo” ( 53.5 kg ) . Gente ele pesava menos do que eu !


E o Popó ? – Acelino Freitas -, campeão mundial em duas categorias diferentes de boxe :


“ super-pena” ( 59.0 kg ) e na categoria dos leves que vai de 61.2 a 63.5 kg.

Conheci Popó em Praia Grande no litoral de São Paulo quando estive por lá visitando uma amiga querida , minha “ sister” .

A simpatia em pessoa, simples, alegre. Um encanto de pessoa. Popó é muito agradável. Adorei.


E o tempo, implacavelmente continuou passando. Meu pai ligando todas as vezes que tinha boxe na TV. Ele assistia todas as lutas e, eu também.


Sempre gostei de músculos e, praticava musculação até que um dia machuquei meu joelho direito e parei.


Gente, foi uma coisinha besta, mas a dor era terrível. Fico só imaginando as dores que sentem os jogadores de futebol quando estouram seus joelhos. Coitados.


Neste ano de 2008 voltei à prática de atividades físicas em uma academia perto da minha casa.


Lá na Play Academia, além das atividades normais que todas as academias oferecem ainda tem o BOXE.


Comecei a observar as aulas de Boxe ministradas pelo Campeão Edson Foreman.

E pude sentir no Edson a mesma simpatia, a mesma simplicidade do Popó.



Edson Foreman é “ cruzador “ ( 90.7 kg ).



Ontem, dia 21 de junho, fui assistir a uma luta de Edson Foreman.


Minha gente, agora, depois de anos e anos, entendi os motivos que levavam meus pais a irem de carro para São Paulo assistir Éder Jofre.


Vi de perto.


Assistir uma luta de boxe ao vivo é algo inexplicável. A gente fica tensa, torce, grita, senta, levanta, dá vontade de fazer xixi, dá vontade de fumar, xinga o adversário. Todos os sentimentos se manifestam ao mesmo tempo. É uma turbulência, um turbilhão de emoções.


Na luta de ontem, que foi a 3° Edição do Boxe Evolution , aconteceu algo fantástico. Até no Boxe percebi a rivalidade Brasil e Argentina.


O destaque do evento foi a disputa pelo Cinturão do Título Internacional Mundo Hispano dos Cruzadores.


Edson Foreman enfrentou o argentino Aaron Soria (Campeão Mundo Hispano).


Foreman possui 38 lutas em sua carreira e seguiu para mais este desafio. Edson mantém desde 2003 o título brasileiro e desde 2002 o títulos paranaense .


Edson entrou no ringue com toda a classe, a simplicidade e a dignidade de um campeão.


Nunca tinha visto Edson sem camiseta ou camisa como vi ontem, afinal ele sempre está dando aulas na academia. Vocês não imaginam o que é a força e musculatura dele.


A luta foi linda, difícil descreve-la. Quem estava lá vai entender porque é difícil descrever.


Edson trouxe para nós, brasileiros, o Cinturão Internacional Mundo Hispano dos Cruzadores.


Edson, esta postagem é dedicada a você.

Um homem íntegro, honesto, batalhador, abençoado por Deus e, acima de tudo HUMILDE.

Quero dizer que tenho muito, mas muito ORGULHO de ser sua amiga.


Desejo a você toda a sorte desse mundo, todo o sucesso desse mundo porque você merece.



Considerações sobre EDSON FOREMAN:

PERFIL
Nome: Edson César Antonio
Idade: 30 anos
Nascimento: 20 de agosto de 1977
Altura: 1,80 m
Peso: 90 kg (categoria cruzador)
Comissão técnica: Sérgio Agostini Junior e Negri da Silva
História: morador de Colombo desde 1987, começou no boxe aos 13 anos, na praça Osvaldo Cruz, com o técnico Rubens San Perrucham
Títulos profissionais: Mantém desde 2003 o título brasileiro e desde 2002 o títulos paranaense
Cartel profissional: 36 lutas, 33 vitórias (26 por nocaute) e 3 derrotas (1 por nocaute)
Títulos no amador: Forja dos Campeões 95, Paranaense 96 e 97 e Paulista 99
Cartel amador: 34 lutas, 28 vitórias (19 por nocaute), 1 empate e 5 derrotas (0 por nocaute)
Patrocinadores: Rodocalibrador Capanema, Nicolini, Cabana do Atleta, Linus Medicina Preventiva, Lizon, Comunique Publicidade, Lua Veículos Prefeitura de Colombo

No portal “ Bem Paraná:

“ O pugilista Edson Foreman: se vencer seletiva, paranaense disputa título continental do CMBEdson Foreman está de volta. E não está para brincadeira. “Meu projeto agora é disputar o título mundial”, avisa o boxeador, que por pouco não abandonou o esporte. Há dois meses, perdeu o pai, Benedito Antonio, vítima de uma doença fulminante. O melhor pugilista paranaense da atualidade quase foi a nocaute. “Quase larguei tudo”, confessa ele, que só fez uma luta no ano, em maio.
Na próxima quinta-feira, Foreman luta em São Paulo, contra Jefferson Letra, de Santos, na Seletiva para o Sul-Americano. Quem vencer, disputa o título do continente pelo Conselho Mundial de Boxe (CMB), na categoria cruzador (até 90,7 kg).
Para Foreman, é a chance para se recuperar. “Vou ressurgir das cinzas”, promete. “Quero dedicar essa luta a meu pai”, conta. “Ele foi a pessoa que mais me apoiou no boxe”, diz.
Hoje o lutador conta com patrocinadores e tem condições de se dedicar exclusivamente ao boxe. Há 12 anos, a história era bem diferente. “Não tinha dinheiro para disputar o título da Forja dos Campeões, em 1995. Meu pai saiu na rua vender picolé e conseguiu o dinheiro. Chegou para mim e disse: pega isso aqui e vai lá lutar”, relata Foreman, que foi a São Paulo e trouxe o troféu. Desde aquele ano até 2000, Foreman lutou como amador e só treinava nas horas de folga. Foram anos vendendo algodão doce e catando latinhas para sobreviver. Com os bons resultados nos ringues, conseguiu o apoio de patrocinadores e passou a se dedicar exclusivamente ao esporte.
Mesmo prejudicado por empresários aproveitadores, o pugilista alcançou títulos importantes e deu início a uma carreira internacional. Em 2005, lutou em Roma, contra o tetracampeão mundial Vicenzo Cantatore. Perdeu por pontos, após 12 rounds. “Não conto aquilo como uma derrota”, diz. “Dei uma surra no cara; os juízes erraram”, afirma. “Tenho a fita da luta para provar que estou falando a verdade”, conta.
A luta equilibrado contra o italiano, na casa do adversário, motivou Foreman a buscar o título mundial. “Se depender de mim, em dois ou três anos estarei lá”, promete. Para isso, precisa vencer o Sul-Americano e ganhar posições no ranking do CMB. O paranaense já chegou a estar entre os 30 primeiros do mundo e agora buscará lutas que o levem para o topo”.



Fonte:


http://www.bemparana.com.br/index.php?n=53049&t=foreman-volta-aos-ringues-em-busca-do-sul-americano

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